Monday, March 22, 2010

Circulos

Circulo vicioso. Deixa-me. Solta-me. Quero viver. Não posso mais ficar presa ao passado, ás recordações das viagens que eu fazia todos os dias por entre uns tantos quantos pensamentos, revoltados numa insatisfação perturbadora, que me mata os pedaços de 'eu quero' que ainda me restam!
Essas asas que esmorecem a cada nuvem que passam, desviam o meu sentido de orientação para uma passagem involta em tréguas mal estabelecidas, em manifestações de afectos que nunca antes foram abençoadas por uma simples gota de água que garantisse um passo á frente.
Eu não sei como o meu lugar se mantém tão limpo após tantas lágrimas que derramei por ti, por um fogo que tão de pressa foi apagado, por um empurrão de vingança, por uma estrela que deixou me trazer luz.
E esse teu relógio que ainda faz 'tic tac', puxa pelos meus sentimentos, pelas minhas emoções que não posso controlar, que me atiram fora de um possível olhar de caarinho e devoção, para com um toque de ligeiro amor e perdição.
O circulo continua a desenhar as suas linhas, os seus finos traços de arrependimento por me fazer digitar estas letras, estas frases, estas sentenças que me arrepiam o corpo, que fazem os meus olhos abrir numa imensidão de diamantes infiltrados nas tuas armadilhas inconscientes.
É saudade a palavra certa, é esta angustia que me prende ao teu infinito.
Quero mesmo muito poder voltar a sentir de novo a tua força, o teu poder contra tudo e contra todos aqueles que um dia nos invejaram.
É assim que as coisas são e foram, funcionam de um determinado jeito que me devolve as sensações de calor e de Verão que eu tanto sinto falta.
Só preciso de mais uma palavra para continuar a viver, a escrever mais pequenas letras e a continuar a criar o meu circulo.
Vá lá, diz que ainda nada acabou.
Sabes lá o que tudo isto é.

gS

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