É sublime o momento.
Ponto, virgula, ponto, ponto de interrogação.
A pergunta instalou-se, e agora exigo saber o porquê de as palavras não me escorrerem da alma, o porquê de os meus sentimentos serem tão confusos que já não consiga atirá-los (nem com delicadeza) para o maldito papel, e quero saber imediatamente, porque ficou a caneta sem tinta!
Receio imenso que fique parada no complexo de um qualquer olhar, e que de uma certa maneira, me venha a arrepender de ter parado instantes a fotografar a íris de um olhar intensamente fixo no meu.
Calma, nada há-de correr mal.
Mas mesmo agora que imagino a sua íris, o seu perfume, a minha inspiração ainda esta num nivel demasiado baixo; não dá sequer para escrever alguns rascunhos e de seguida rasurá-los.
Chega-me de tédio, vou procurar a minha musa.