Tuesday, June 29, 2010

É sublime

Estou a olhar para esta folha tão vazia, e a questionar-me o porquê de no momento em que mais quero parecer sobredotada em palavras, me falte a inspiração e o poder para criticar tudo o que se passa.
É sublime o momento.
Ponto, virgula, ponto, ponto de interrogação.
A pergunta instalou-se, e agora exigo saber o porquê de as palavras não me escorrerem da alma, o porquê de os meus sentimentos serem tão confusos que já não consiga atirá-los (nem com delicadeza) para o maldito papel, e quero saber imediatamente, porque ficou a caneta sem tinta!
Receio imenso que fique parada no complexo de um qualquer olhar, e que de uma certa maneira, me venha a arrepender de ter parado instantes a fotografar a íris de um olhar intensamente fixo no meu.
Calma, nada há-de correr mal.
Mas mesmo agora que imagino a sua íris, o seu perfume, a minha inspiração ainda esta num nivel demasiado baixo; não dá sequer para escrever alguns rascunhos e de seguida rasurá-los.
Chega-me de tédio, vou procurar a minha musa.

Sunday, June 27, 2010

saudade

Abri a porta tão devagar, o silêncio havia-se instalado, estava tudo ao rubro:
as vozes suaves, os agudos cansados, os graves perplexos ao vago horizonte que unanimente o rodeava, e as minhas mãos, que batiam palmas ao vento sereno e inequivocamente pacifico.
Apertei as sandálias, mergulhei (pela primeira vez com vontade) no sonho que já me embalava, desde que me lembro de ter olhos castanhos e cabelos ondulados, e embarquei assim num dilema unanime em palavras, desigual em sentimentos e caracteristico em emoções.
Ver partir alguém quando ainda há tão pouco tinha chegado, deixar de sentir um abraço no peito quando ainda nem eu beijo no rosto se havia aquecido, deixava-me louca, aborrecida, e profundamente magoada.
Esperança é um acto de ilusão, uma palavra sem razão, é como viver por nada, numa mentira e um falso destino.
Saudade é a prova de que se ama, é a prova de que alguém nos faz falta (assim como tu me fazes a mim).
Fico desfeita no único pedaço de carinho que ainda guardo e que me sustém em breves sons, e as enormes recordações que ficaram, abraçam-me e voltam a beijar-me, assim como um dia esperei que o voltasses a fazer.
Sinto-me livre, sinto-me seguida pelo descontrolo, e guardo agora, num sublime momento de amor por ti, as tuas palavras, o teu beijo, o teu conforto e carinho.
Não seria nada sem o passado que hoje, me alimenta o presente.

Monday, June 21, 2010

Amor

E tu eras o sentimento mais bonito de todos.
Eras aquele que eu tratava como um filho, como um bebé meu, ao qual providencio a sobrevivencia e alimento sempre, para que nunca se vá.
Alimentava-te com beijos, com mimos e caricias, com meros gestos que hoje, parecem não te valer de nada.
Prossigo a ordenar tudo o que te fiz, meu sentimento, para que nunca te desvanecesses, para que as cores com que te pintei na minha tela, nunca morressem contigo.
Eu amei-te, acarinhei-te, tratei-te como um principe, ambicionei por ti, pensei e desejei por ti.
Eras tão belo, eras tão profundo, tão inspirador e irresistivelmente amável.
Desejava, a cada dia que passava, poder possuir-te nos meus braços mais uma vez, que nunca fugisses de mim e me tomasses por tua, meu querido sentimento.
Estavas em todo o lado, mantinhas o meu coração vivo e aquecia-lo, mantinhas as minhas chamas de paixão vivas e prolongadas, numa sensação de bem-estar, que nunca tinha experimentado.
Tomei conta de ti, tomei-te no meu peito, como um bebé indefeso, como uma criança sozinha, e amei-te para nunca mais te esquecer.
Mas porque tinhas tu, de te chamar 'amor' ?!
Para me matar por dentro, a alma e o que ainda restava das minhas emoções?
Destruis-te tudo ao chamar-te 'amor', ao fazer-me dizer 'amo-te', quando nem sei se é isso que sinto!


Saturday, June 19, 2010

Verão

A ingenuidade com que atiravas ao mar os sufocos que a Primavera te havia trazido para o inocente coração, era admirável.
Não te restava nada mais se não as ondas do mar, a areia fina e o sol. Chegava, era o suficiente.
Era o inicio de um jogo que nada mais revelava, se não o fim e o inicio.
Da tua face extraia-se a revolta que havias sentido, do teu corpo o receio de não voltar a sentir de novo, mesmo que dor, mesmo que inculpes e saudaveis manifestações de ira.
Calma, respira.
É ténue e solene a brisa, é profunda e memorável a fragrância que se deposita no calmo e tranquilo ambiente.
Relaxadora e viciante, mostra-se a melodia que invade os com poder os habituais cinco sentidos, os monótonos mas não cansativos.
Relaxa, é o Verão que chegou.

Wednesday, June 16, 2010

Prometi

Teria ficado prisioneira de ti caso me tivesses retido na tua alma, e feito de mim o teu passaporte, para juntos viajarmos para o mundo onde talvez pudessemos usufruir um pouco de felicidade.
Quando falo em 'nós' acho sempre que ainda teria a oportunidade de lutar, de talvez poder ir avante, mas afinal é tudo um erro inexpressivo, que apenas se manifesta quando te escondes no teu ser, infinitamente fechado por uma expressão equivalente, a dor, a mágoa.
O sentimento que eu queria guardar e proteger, com o mesmo cuidado e carinho com que uma mãe proteje o seu filho, esgotou-se, matou-se, suicidou-se, abstraiu-se do mundo e voou para longe.
O teu toque intenso e perfumado com o nosso aroma, foi junto com o sentimento que tocámos juntos, no mais alto ponto da nossa criação. Eu tenho saudades tuas, eu ainda penso tanto em ti, mesmo sabendo que este sentimento predomina, não desvanece, continua firme, como sempre continuará.
Eu prometi que te iria amar para sempre.
Nunca me faças esquecer esta promessa.
Nunca vás.

Tuesday, June 15, 2010

sinto saudade

A tua inexistente presença fascinava o meu olhar emocionado por acreditar que um dia poderias voltar. O simpático mimo que me trazias nas vagas e solenes manhãs, atava o meu peito a um sentimento inexplicavelmente egoista, que depois de se interiorizar em mim, nunca mais foi.
Não há nada que te pudesse dizer ou fazer para perceberes tudo o que significas em mim.
Todas as lágrimas que chorei e choro fizeram-me entender que jamais te deixaria ir, pois sei que serei tudo o que quiseres, no minuto em que precisares.
Senti que nunca me deixarias ir, que não me querias deixar desistir e que mesmo tento tudo o que tinhas, querias fazer parte de mim.
O único de quem nunca desisti e que me roubou a inexistente respiração que o meu frágil corpo transportava, foste tu, e por mais que um dia o queira negar, jamais poderia.
Obrigado por nunca me teres deixado desistir, sendo que em toda a minha vida te irei amar, eu prometo a ti, e prometi isso a mim própria no dia em que a maior escuridão invadiu o meu ser por completo.
Estarás sempre no meu peito.
Permanecerás sempre na minha mente, que despedaças-te com um sentimento que quero reter no meu intimo.


Todos os dias estarei aqui.

Saturday, June 12, 2010

12 de Junho de 2010

Acordei um dia a achar que não precisava de tempo para terminar tudo, pois só agora tudo tinha começado, e nas entre linhas em que eu aquecia o coração, lembrava-me de ti, sem saber que um dia serias tu quem congelaria o mais egoista de todos os sentimentos.
Viajei até muito longe para mudar toda a minha vida, e mudei-a por ti, pois só tu me poderias mostrar o que era o amor, o que era ser amada com uma força inexplicável.
Voltei a adormecer, enquanto sonhava com os momentos que me entregaste de uma maneira inexpressiva, tanto quanto a tua alma invadida por mim.
Mais uma vez quis mudar tudo, sem saber que um dia serias tu que acabaria comigo, sem sequer me teres mostrado aquilo que eu mais queria.
Deixei tudo por ti, mudei, troquei, simplifiquei e cheguei a complicar aspectos, que mais tarde se revelaram sem valor nenhum, porque me mataste.
Mataste-me friamente sem sequer saberes que o estavas a fazer.
Olhar por alguma coisa que nunca vi, já não é suficiente.
Não quero estar mais na cidade onde nunca estive.
Não quero mais falar com um amigo que conheço.
Não vou mais pegar no amanhã quando ainda só sinto o hoje.
Não quero que me tires deste mundo, só queria que estivesses nele comigo.
Estávamos errados.


Quero deixar de te amar,
sem te dizer que conheci o amor
que mais me magoou em toda a minha vida.
Não tinhas honestidade suficiente para me fazer tentar.