Saturday, June 19, 2010

Verão

A ingenuidade com que atiravas ao mar os sufocos que a Primavera te havia trazido para o inocente coração, era admirável.
Não te restava nada mais se não as ondas do mar, a areia fina e o sol. Chegava, era o suficiente.
Era o inicio de um jogo que nada mais revelava, se não o fim e o inicio.
Da tua face extraia-se a revolta que havias sentido, do teu corpo o receio de não voltar a sentir de novo, mesmo que dor, mesmo que inculpes e saudaveis manifestações de ira.
Calma, respira.
É ténue e solene a brisa, é profunda e memorável a fragrância que se deposita no calmo e tranquilo ambiente.
Relaxadora e viciante, mostra-se a melodia que invade os com poder os habituais cinco sentidos, os monótonos mas não cansativos.
Relaxa, é o Verão que chegou.

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