Tuesday, June 8, 2010

sopro

Acompanha-me, por favor, enquanto ainda sopro contra todos os pontos da rosa-dos-ventos, para que ela nunca nos separe.
Chegou a altura de o receio me abraçar e me danificar sólidamente as lágrimas que gelaram no meu rosto, por eu as ter fixado no teu olhar, por eu ainda lembrar de ti.
Não sei, meu amor, não sei quanto tempo mais ainda te acharei perfeito, e não tenho certeza de quando deixarei de te amar, de te desejar, ao ponto de querer tanto, que não possa ter nem o rigor de um acento bem colocado na palavar ámár!
Antes de o sol virar o meu sonho, antes de a chuva e o frio virarem os meus medos e ansiedades, eu jurava por tudo e qualquer coisa, que te amava, que te queria e desejava mais que a um mero ursinho de peluche fofinho, do qual nos apoderamos durante a noite, para dormirmos tranquilos, calmos.
E se esse 'peluche' fosse tu, e eu pudesse estar todas as noites, e em qualquer dia agarrada ao teu corpo, prometeria a mim mesma, nunca deixar o sopro do vento levar-te, tirar-te de mim como tira agora.
Eu preciso tanto de sentir de novo a tua fragrância, os teus passos atrapalhados a correr para mim, o teu jeito estranho de me amar, mas que na verdade, me purifica tão bem a alma agora desprotegida e nua.
Não quero nenhuma máquina do tempo para voltar atrás, não quero nenhuma poção mágica para fazer com que me ames, mas quero tudo de volta, quero de novo o sentimento que me fazia chorar por não te ter perto de mim, quero de novo o teu olhar, o teu modo e o teu carinho.
Devolve-me tudo, por favor, e eu garanto dar-te a parte do meu coração que te pertencia.


Quando recordo instantaneamente
os teus abraços,
receio que tenham sido os ultimos.
Ainda penso em ti.

1 comment: